sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A TERRA É DE EXTREMA RARIDADE


Satélite que procura planetas: a Terra é de extrema raridade e a vida inteligente o é ainda mais. Questões sobre supostas “inteligências extraterrestres”

Dados do satélite "caçador de planetas" Kepler afastam possibilidades de vida ET
Segundo John Rehling, cientista de computação no Dartmouth College e na Universidade de Indiana e que já trabalhou para a NASA, ainda estamos bem longe de encontrar um planeta gêmeo da Terra.

A afirmação soou como “desanimadora” para aqueles que não gostam da ideia da centralidade do ser humano e de sua natureza por assim dizer monárquica e exclusiva dentro da ordem do universo,

Esta antipatia subjaz em muitas pesquisas à procura de vida extra-terrestre – ou ET. Procura que de momento só pôde exibir números mais ou menos hipotéticos sobre planetas que eventualmente reuniriam condições análogas às da Terra para poderem albergar alguma forma de vida.

Agora, com base nos dados do satélite caçador de planetas Kepler, o Prof. Rehling explicou que das 156 mil estrelas que o Kepler monitora em busca de planetas, apenas 27 podem estar orbitando um planeta que possa ser comparado legitimamente à Terra, em termos de tamanho e órbita.

O que significa dizer que será preciso muita sorte para que algum deles seja bem identificado, de muito mais sorte ainda para nele haver vida, e de muitíssimo mais sorte para existir vida inteligente!

Kepler achou mais de 1.200 planetas extra-solares, mas chances de vida são ínfimas
Os cientistas que trabalham com o Kepler anunciaram muitas vezes: “Estamos encontrando cada vez mais planetas pequenos como o nosso e cada vez mais planetas suficientemente afastados de suas estrelas”.

O problema é que, depois de uma análise estatística rigorosa, Rehling percebeu que há um senão decisivo nessa informação: em geral, quando o planeta tem o tamanho da Terra, não tem órbita similar, e vice-versa.

Os métodos aplicados no Kepler para detectar planetas fornecem toneladas de potenciais “trânsitos” ou movimentos, tratados em geral como “candidatos a planeta”.

Mas, observou Rehling, nem todos esses “candidatos a planeta” são verdadeiros planetas. Muitos “trânsitos” obedecem a outros fenômenos astronômicos. Há também vieses de observação do próprio satélite, que tendem a registrar mais planetas mais próximos e maiores.

Feitos os descontos que o bom método científico exige, Rehling observou que o Sistema Solar é “quantitativamente atípico”: “Embora o Kepler nos mostre que há quase certamente vários planetas em cada estrela, ele também indica que o Sistema Solar tem uma distribuição bizarramente espalhada quando comparada à de sistemas planetários típicos”.

Infograma da "Folha de S.Paulo" mostra excecionalidade da Terra
O resultado – observou o cientista – aponta que a Terra não é apenas mais um planeta girando ao redor do Sol, sem nada de especial.

Pelo contrário, ela é um planeta todo especial, sem igual conhecido ou comparável.

Isso se deve ao fato da extrema raridade de suas condições na escala astronômica.

Esta raridade só poderia ser atingida por um punhado de planetas orbitando entre centenas de milhares de estrelas.

E, por isso, embora o Sistema Solar seja um entre muitos, é um sistema mais provavelmente único.

A revelação caiu como balde d’água fria nos ambientes que querem fazer crer que em outros planetas há condições de vida – talvez a própria vida – e, numa proporção cada vez mais difícil e pequena, até vida inteligente.

Esses estudiosos, contudo, não negaram o valor científico da afirmação de Rehling.

Preferiram fugir do mérito do problema e apelar para a necessidade de uma nova geração de satélites mais poderosos para ver se encontram os tais planetas eventualmente capazes de albergar alguma forma de vida, ainda que ínfima.

Os astrônomos também pedem cautela antes de se tirar qualquer conclusão desse tipo.

“Temos de esperar a nova geração de satélites para ter alguma segurança” – diz Eduardo Janot Pacheco, astrônomo da USP e da equipe do Corot (satélite europeu caçador de planetas, rival do Kepler).

Enquanto essa nova geração de satélites não entrar em funcionamento e detectar os tais planetas que poderiam ter vida, as informações que procuram dar a entender que foi achado um planeta capaz de ter vida devem ser recebidas com precaução.

Talvez suspeitas de torcidas pessoais, de sensacionalismo da imprensa ou fruto até de preconceitos ideológicos anticatólicos.

Enquanto as ciências não encontrarem alguma indicação algo mais aproximativa da existência de vida em outros planetas, o raciocínio sobre a suspeita aparece como ocioso.

Entretanto, convém lembrar que possuir inteligência foi para os filósofos da Antiguidade o sinal de uma natureza espiritual e, portanto, imorredoura.


Para a teologia bíblica hebraico-cristã, foi sempre a prova de que o homem está dotado de uma alma espiritual destinada a viver eternamente.


Na morte o corpo e a alma se separam e o corpo se decompõe.

A morte decorre do pecado dos nossos primeiros pais. Mas, Nosso Senhor se encarnou para remir o homem do pecado.

Com a Resurreiçao dos Mortos no fim do mundo, cada alma voltará a se reunir com seu corpo respectivo ressuscitado.

E aqui se põem questões ainda muito remotas, mas mordentes. Esses seres extraterrestres dotados de inteligência teriam sido remidos? Ou não precisam de Jesus Cristo, ou porque não pecaram ou por outra razão?

Seriam eles alheios à Redenção e à Igreja?

Por que a Escritura nada fala de sua existência, sendo que, se existem, seria natural que falasse pois tem a ver com a História da Salvação?

Fora dos homens, as Escrituras só falam da existência dos seres inteligentes que são os anjos.

Eles, se dividiram em função da revolta de Lucifer, entre bons e maus. Os bons não pecaram, e Jesus Cristo não precisou remí-los nem fazer qualquer coisa equivalente a uma encarnação neles.


Os maus pecaram, mas pela radicalidade de seu pecado fixaram-se para sempre no mal. Uma espécie de redenção e/ou “encarnação” neles não faz sentido algum.

Os anjos governam o movimento dos astros e estão presentes um pouco por toda parte até nas mais longínquas constelações, muito longe da Terra.

Os demônios ditos “dos ares” ainda vagueiam também um pouco por toda parte – nos astros e na Terra – até o dia que serão precipitados definitivamente no inferno.

Nesse sentido muito especial – que os cientistas não consideram – poderiam ser chamados de “inteligências extraterrestres”.

As inteligências extraterrestres sem Redenção com as quais especulam alguns cientistas – e não cientistas – ao quê que se pareceriam?

Muitas questões estão em aberto.

Fonte: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/